Veja como aumentar a produtividade do cartazista em sua loja
Uma das atividades mais antigas do varejo que ainda resiste à tecnologia e automação é a confecção de cartazes. O cartazista, profissional preparado para a função, trabalha em período integral criando as promoções do dia.
O trabalho mistura um pouco de arte criativa, técnica tipográfica e rotinas de varejo. Como toda atividade baseada em regras, a atividade dos cartazistas corre o risco de se tornar obsoleta com o uso intensivo da tecnologia.
Em vez de matar a profissão, no entanto, a automação pode transformar a rotina de trabalho desse profissional. Neste artigo, explicamos como isso pode acontecer. Acompanhe!
Trabalho manual versus automatizado
A comunicação visual é tão antiga quanto a própria humanidade. O trabalho do cartazista como conhecemos hoje começou a se desenvolver no final do século 19, associado à Revolução Industrial e à expansão do consumo.
Após a 2ª Guerra Mundial e o crescimento da demanda por produtos, a função de cartazista se consolidou. A substituição da produção artesanal pelas máquinas favoreceu a manufatura em larga escala.
Mais produtos passaram a ser vendidos para mais consumidores com maior frequência. Assim, para gerar o máximo volume possível de vendas, o trabalho dos cartazistas dentro das estratégias de propaganda no PDV foi fundamental.
Hoje, o movimento de mercado aponta para uma forte influência da automação — e outras tecnologias — nos processos e atividades organizacionais. Essa tendência pode otimizar e transformar a função do cartazista, atribuindo-lhe um papel mais estratégico na empresa.
Continue a leitura para saber qual a rotina e quais os maiores desafios do profissional cartazista. Em seguida, mostraremos os benefícios da automação para a modernização das atividades do profissional.
Rotina, desafios e oportunidades
Apesar de ser um trabalho com aspecto artístico, a produção de cartazes é quase absolutamente técnica. As cores, traços e tamanhos são padronizados. No entanto, o tempo e o investimento para selecionar, preparar e colocar o profissional no mercado são altos.
Segundo profissionais que atuam no segmento, o tempo para o treinamento e formação prática do cartazista é de aproximadamente quatro meses — após a seleção de candidatos com aptidão para a função.
A função, por sua vez, é complexa. Como qualquer trabalho de design gráfico, esses trabalhadores precisam unir tipografia e diagramação de forma metódica para comunicar uma proposta de valor ao cliente. O design, afinal de contas, é "um plano para dispôr elementos da melhor forma possível para realizar um certo objetivo", na definição do famoso designer Charles Eames (1907-1978).
Ao longo do dia, o cartazista produz os cartazes de acordo com a demanda repassada pelo varejista. O final do expediente é dedicado à confecção dos anúncios promocionais que serão afixados no início do dia seguinte.
O trabalho humano, por outro lado, não é isento de riscos que podem acarretar sérios problemas para o varejista. Uma vírgula fora do lugar, preços diferentes nos cartazes e nas gôndolas ou um simples erro ortográfico podem trazer dores de cabeça e prejuízos financeiros.
Além disso, a atualização dos cartazes também pode gerar disparidade em relação ao preço da etiqueta, um problema de processo que prejudica tanto a empresa quanto o profissional. Por exemplo, se o cliente notar que o preço anterior estava mais baixo do que o anunciado na ocasião, pode se sentir enganado ou lesado.
Situações assim fazem as empresas considerarem a produção automatizada dos cartazes, reduzindo os custos e garantindo a confiabilidade das informações.
Mas o dilema entre produção manual e automatizada de cartazes tem respostas diferentes dependendo da empresa. Nos Estados Unidos, por exemplo, pequenos negócios decidiram apostar na produção manual de cartazes para enfatizar a exclusividade de seus produtos.
Nesses casos, o trabalho foge do padrão para criar um tipo de cartaz único para cada empresa, reforçando aspectos da identidade visual. É um outro nicho que pode ser explorado pelos profissionais cartazistas no Brasil para além do varejo supermercadista tradicional.
Como efeito, várias escolas e grupos de designers brasileiros ainda fomentam a cultura dos antigos cartazes chamados "lambe-lambe", realizando exposições e concursos. Mais do que saudosismo, a prática vem da percepção de que os trabalhos dos cartazistas tradicionais trazem várias lições de design em termos de beleza e eficácia.
Como a automação pode transformar o trabalho do cartazista
É fato que soluções digitais podem reduzir a demanda por profissionais especializados na produção de cartazes para o varejo.
Há diversas soluções online que oferecem flexibilidade de preço, agilizam o processo de cartazeamento e precificação do ponto de venda e podem ser integrados com sistemas de gestão. Essa adaptabilidade garante menos custos e riscos para os empresários.
Entre as vantagens da tecnologia para o trabalho de cartazista, estão:
- produção de cartazes em menos tempo — os templates (modelos) já estão pré-prontos, de modo que não é preciso começar cada cartaz do zero;
- menos erros — produção digital do cartaz significa contar com ferramentas para verificar erros de ortografia e possíveis contradições com informações da loja, como preço;
- possibilidade de testar — como os cartazes ficam arquivados, é fácil consultar e recuperar os que deram mais resultado, bem como realizar testes para saber se um certo design vende mais ou menos.
- aumento da criatividade — uma vez que o cartazista gasta menos tempo para fazer o cartaz em si, sobra mais tempo e atenção para pensar em designs melhores e soluções criativas.
Além disso, é possível adaptar fontes, cores e inserir imagens para criar cartazes mais atrativos, bem como apostar em diferentes tamanhos e layouts.
A relevância continuada do cartazista
Mesmo com todas essas possibilidades de customização oferecidas como serviços, o trabalho do cartazista não deve ser automaticamente descartado.
Como o profissional do ramo conhece os processos internos de divulgação de preços dentro da loja e a comunicação no PDV, ele é o mais indicado para interagir com a plataforma de precificação e otimizar o fluxo de trabalho.
O trabalho do cartazista (e o design gráfico, como um todo), sofreu efeitos drásticos com o avanço da tecnologia nas últimas duas décadas. Afinal, a internet está cheia de geradores capazes de produzir variedades quase infinitas de logomarcas, pôsteres, anúncios, cartazes, convites e assim por diante.
No começo da década de 90, vários programas de publicação começaram a ganhar popularidade, tanto entre profissionais quanto usuários comuns. "Photoshopar" virou verbo, e, junto com ele, vários elementos dos programas da Adobe ganharam o imaginário popular. No Brasil, os jingles e bordões dos anúncios publicitários sempre fizeram parte do vocabulário cotidiano, especialmente os do varejo.
O designer britânico Daniel Eatock produziu de forma sarcástica em 1998 um pôster genérico, que pode ser usado para fazer qualquer tipo de anúncio. A obra de arte, na verdade, antecipou os templates gratuitos que dominam a economia do design nos dias de hoje. Para que perder tempo tomando decisões com layout e outros aspectos se é possível aproveitar um formato que já existe e sabemos que funciona?
Ao mesmo tempo, o design gráfico se tornou uma atividade comum, realizada por toda pessoa que, entre uma tarefa e outra, parou para pensar no layout de uma apresentação ou definiu qual gráfico melhor representa uma planilha de Excel. As tarefas mais simples, portanto, são hoje parte do cotidiano de quase qualquer profissional que trabalhe diariamente no computador.
Dessa maneira, o papel do cartazista hoje deixa de ser operacional e se torna mais estratégico, uma vez que ele participa das decisões e tem maiores responsabilidades. Não pode ficar limitado apenas a escolher este ou aquele template ou pintar texto preto sobre cartaz amarelo. Independentemente do meio de produção, seja manual ou automatizado, a criação e posicionamento dos cartazes são fundamentais para que os produtos sejam percebidos e comprados.
Para o cliente, a padronização e confiabilidade das informações garantem uma boa experiência de compras. Por outro lado, erros ortográficos, dados imprecisos ou falhas na produção do material atingem em cheio a credibilidade da loja. Já para o varejo, há outra vantagem na contratação de serviços digitais: não é necessário um treinamento aprofundado em caligrafia.
Aqui, vale frisar que um aprendiz demora alguns meses para dominar a técnica, enquanto o serviço digital se adapta à demanda do lojista em poucos minutos. Em todos os casos, cabe ao empresário decidir o que é melhor para a sua loja e como os seus clientes percebem o valor dos anúncios, lembrando que a profissão de cartazista é consolidada e conta com bons profissionais; plataformas digitais reduzem os riscos e agilizam a produção dos anúncios.
O trabalho do cartazista permanece sendo muito relevante para o funcionamento do varejo no Brasil, uma vez que ele é deveria ser o profissional responsável por positivar os cartazes de promoção na loja, que é o pivô das vendas. A carreira enfrenta desafios e oportunidades, e deve ser otimizada e modernizada com as ferramentas digitais disponíveis no mercado.
Acima de tudo, é importante que o profissional se mantenha atualizado e seja percebido na organização como detentor de função estratégica. As ferramentas digitas democratizaram o acesso ao design gráfico, mas ainda é recomendado um cartazista, talvez agora com o cargo de "decorador de loja", para garantir a aplicação correta dos cartazes de oferta no ponto de venda. Com as ferramentas digitais disponíveis hoje, ele pode ser ainda mais produtivo.
Quer saber mais? Entre em contato com a gente e vamos conversar sobre o melhor jeito de divulgar as ofertas na sua loja e como aumentar suas vendas!